quinta-feira, 25 de março de 2010

Vontade de fazer um mundo em uma folha,
quando uma simples vontade não caberia em mil.
Vontade de não dormir, de apenas viver, sem pensar em mais nada...
Mas o sono vai fechando meus olhos,
meu verso vai empobrecendo...
Não é nem mais verso.
Ficam sendo apenas palavras,
ora rimadas, ora jogadas.
Dez mil milhões de palavras assim.
Sonhei que desaprendia a escrever,
não só a grafia das palavras,
como também seus significados,
seus sons, suas regras.
Eu apenas sentia tudo,
e seguia sentindo, sentindo...

Tenho lido muito Leminski e assim como Clarice, ele me afeta.

domingo, 21 de março de 2010

Na madrugada

Na madrugada, tudo grita
o silêncio grita,
o passado grita,
a minha mente grita,
a solidão, escancarada, grita,
meu coração já ficou rouco
e eu permaneço em silêncio.