quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Jogadas

Tensão, dúvida, fobias...



Tudo transpassando em minha mente, num fluxo inconstante e avassalador que me derruba como se fosse uma avalanche de sentimentos indistintos e incoerentes, um em cima do outro, um dentro do outro, cada qual querendo se sobrepor...



Me chamam de culto, de idiota, de metido e até mesmo de otário. A forma como eu me vejo torna-se irrelevante, minhas atitudes, meu próprio jeito de ser... tudo tão irreal, insignificante.

Demonstrações de afeto (ou raiva) são necessárias em qualquer relação, sinto que todo e qualquer sentimento, seja ele ruim ou bom, deve ser expressado. Reprimir para quê? Se eu soubesse o que estou sentindo, certamente seria expressado, seja aqui nesse blog, ou até mesmo no meu dia-a-dia. Quanto à isso ninguém pode me chamar de hipócrita! Tento ser verdadeiro em tudo, se for para ser amigo, eu sou mesmo, para ser falso, sou mais convincente ainda. A partir do momento que eu me destino à viver, eu vivo.



Às vezes eu paro e penso, eu era mais feliz quando era triste... Engraçado não é mesmo? Quando eu era mais depressivo, minha vida tinha o brilho do único, minha risada era melhor, talvez porque eu valorizasse mais os momentos de alegria que tinha. Ficava triste boa parte do dia, mais vivia intensamente minhas alegrias. Isso se refletia até mesmo no meu modo de escrever. Minhas melhores (ao meu ver, claro!) criações foram produzidas enquanto estava depressivo. Até mesmo minhas poucas sacadas irônicas, as quais tanto gostava e "gostavam" eram mais elaboradas do que agora. Viver feliz não é estar feliz.

Esse "choque térmico" me veio quando parei para refletir sobre minha vida (sempre faço isso) e , pode até parecer idiota de minha parte, quando assisti uma entrevista com Clarice Lispector... Ela meche demais comigo, me identifico com ela. "Quando eu crescer" não sei se quero ser igual á ela, mais eu sinto, a cada instante que passa, a cada ano que eu envelheço, a cara texto ou poema que produzo, que meu destino é ser parecidissímo com ela... Clarice, você morreu feliz?


- Caso haja algum erro, perdoe-me, nem para editar eu estou com cabeça.